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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Poty deixou uma mensagem de esperança!

A mãe dele tinha um restaurante muito freqüentado por artistas e intelectuais na época, o que contribuiu para a maturidade artística do menino que mais tarde se tornara um artista conhecido mundialmente. O seu pai era ferroviário e perdeu um dos braços em um acidente. O nome da pessoa que tenho o prazer de lhes apresentar é Napoleon Potyguara Lazzarotto, nosso Poty, um artista visual brasileiro, curitibano, filho de pais italianos. Nasceu no dia 24 de março de 1924. Criança se interessa pelo desenho e já demonstra talento nas artes plásticas.
Ao perceber a sensibilidade de Poty com 18 anos de idade, o então governador do Paraná, Manoel Ribas, freqüentador do restaurante de sua mãe presentiou o jovem  com uma bolsa de estudos na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Posteriormente, o talento de Poty deu um salto em sua história, desta vez, o governo francês premiou o artista com uma bolsa na École Supérieure des Beaux-Arts, em Paris.

O pintor criou inúmeras serigrafias, gravuras, litografia e desenhos. A maioria das obras do artista ganhou amplitude se transformando em murais de concreto, vitrais, livros e painéis de azulejos monumentais.

Poty ficou reconhecido com o trabalho gráfico, o que contribuiu para inúmeras ilustrações de obras literárias realizadas por ele. Dentre seu projetos gráficos, destacam-se alguns: Euclides da Cunha, Jorge Amado, Machado de Assis, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Dinah Silveira de Queiroz, Mário Palmério, Alcântara Machado, Raquel de Queiroz, Dalton Trevisan, José de Alencar e outros escritores da época.

Participou de dezenas de Bienais e de mostras individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Lecionou na Escola Livre de Artes Plásticas nos anos 50 e ministrou diversos cursos em vários Estados do Brasil.

Criou alguns painéis situados em espaços públicos, situados na Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu, na Praça 29 de Março, no saguão do Aeroporto Afonso Pena, na Torre da Telepar e na Praça 19 de Dezembro (Curitiba).

Em 1988, antes de morrer com um câncer no pulmão, chegou a realizar uma ilustração para um cartaz encomendado pelo Hospital de Clínicas, em Curitiba, cujo objetivo, era mobilizar a doação de órgãos. Antes de morrer, deixou uma mensagem de esperança. Poty partiu, mas deixou uma história viva. 
Fotos: reprodução
Painel de Poty Lazzarotto na Praça 19 de Dezembro em Curitiba

 Painel de Poty Lazzarotto na SANEPAR - Praça das Nações Serviço de abastecimento de água da cidade (1996 Curitiba-PR )

 Inaugurado em maio de 1996, painel cerâmico do mesmo artista: "Curitiba e sua Gente", com 500 m², costura a paisagem do Setor Histórico com a identidade de seu povo.

Poty Lazarotto no Centro Histórico 


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