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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

STEFAN ZWEIG em Cartaz!

STEFAN ZWEIG VAI AO CINEMA
05 a 09 de dezembro de 2012



 A Cinemateca Brasileira promove neste mês uma mostra em homenagem ao escritor austríaco Stefan Zweig (1881-1942), um dos autores mais adaptados na história do cinema. Em parceria com a Casa Stefan Zweig, e com a curadoria do jornalista Alberto Dines, autor da biografia Morte no Paraíso – a tragédia de Stefan Zweig, a mostra exibe uma série de adaptações de obras do autor para o cinema, entre elas o filme O medo (1954), de Roberto Rossellini, estrelado por Ingrid Bergman, e a produção brasileira A coleção invisível (2012), de Bernard Attal, ainda inédita nas salas brasileiras.

No dia 05 de dezembro, às 20h00, durante a abertura da mostra, Alberto Dines conversa com o público após a projeção do filme de Bernard Attal. Nascido em Viena, filho de uma abastada família judaica, Zweig estudou literatura e filosofia em sua cidade natal. Depois de publicar poemas em revistas literárias, lançou seu primeiro livro em 1901, o volume de versos Silberne Saiten. A partir de então, iniciou sua colaboração com a imprensa e um intenso intercâmbio intelectual, marcado por viagens pela Europa e por outros continentes, por muitos livros e pela convivência com personalidades centrais da vida cultural europeia como os escritores Rainer Maria Rilke, Arthur Schnitzler, James Joyce e o criador da psicanálise Sigmund Freud.

Transitando por gêneros diversos, da poesia ao teatro, passando pela novela e pela biografia, sua obra alcançou notável sucesso nas décadas de 1920 e 1930, fato que instigou vários produtores, da URSS aos Estados Unidos, a adaptarem seus escritos para o cinema. Contos e novelas como O medo, 24 horas na vida de uma mulher, Carta de uma desconhecida, A coleção invisível, Uma partida de xadrez, entre outros, foram levados às telas em mais de uma oportunidade, por cineastas de nacionalidades e linhas estéticas diversas. Cinéfilo, Zweig ainda se aventurou na escrita de roteiros. Sua rica experiência artística foi também influenciada pelos trágicos acontecimentos ocasionados pela Segunda Guerra Mundial. Seus livros foram queimados publicamente pelo regime nazista. Em meados dos anos 1930, viajou para a América Latina, passando pela Argentina e pelo Brasil, logo se encantando com o país, que também o acolheria. Diante da queda de Paris e do avanço das tropas de Hitler, Zweig voltou a seu “paraíso tropical” em 1940, a fim de reunir material para o livroBrasil, um país do futuro. No ano seguinte, ao lado da esposa, instalou-se definitivamente em Petrópolis. Na pacata cidade carioca, ainda produziu obras importantes como Uma partida de xadrez. Em 1942, num gesto atribuído à depressão causado pela guerra e pela escalada nazista, Zweig se suicidou ao lado de Lotte Altmann, sua segunda mulher.

Além dos dois títulos citados, a mostra STEFAN ZWEIG VAI AO CINEMA inclui ainda as seguintes produções: Segredo ardente (1933), de Robert Siodmak, Carta de uma desconhecida (1948), de Max Ophuls, Até o último obstáculo (1960), de Gerd Oswald, e os documentários brasileiros Zweig: a morte em cena (1995), de Sylvio Back, e Stefan Zweig, paraíso utópico (2012), de Ricardo Miranda. Uma das obras-primas do cineasta alemão Gerd Oswald, cineasta pouco conhecido no Brasil, Até o último obstáculo narra a história de um intelectual perseguido pela Gestapo.

O filme foi uma das atrações da Sessão Comodoro, organizada pelo diretor Carlos Reichenbach em 2008. Carta de uma desconhecida é também uma das obras mais cultuadas da filmografia de Max Ophuls, autor do clássico Lola Montès (1955). Fechando a programação de raridades, Segredo ardente conta a história de um menino que tem de lidar com as investidas de um dândi sobre sua mãe. Comédia baseada no romance homônimo de Zweig, foi o último filme de Siodmak dirigido na Alemanha, antes da ascensão nazista. Assim como Ophuls, Siodmak construiu sólida carreira no exterior, tornando-se famoso pela série de thrillers policiais que rodou. Segredo ardente, Até o último obstáculo e O medo serão projetados em cópias 35mm, pertencentes ao acervo de cinematecas europeias.

 Serviço 
 CINEMATECA BRASILEIRA
 Largo Senador Raul Cardoso, 207 próxima ao Metrô Vila Mariana
Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215) Ingressos: R$ 8,00 (inteira) / R$ 4,00 (meia-entrada) Atenção: estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha.

O Frevo pernambucano é Patrimônio da Humanidade

Logo após o anúncio, grupos de frevo deram um colorido brasileiro à solenidade que aconteceu em Paris

Foto: reprodução


Foto: Montserrat Bevilaqua

Ministra comemora aprovação do Frevo como Patrimônio Imaterial da Humanidade Durante a 7ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, realizada na sede da Unesco, nesta quarta-feira (05), a candidatura do Frevo – Expressão Artística do Carnaval do Recife como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade foi aprovada. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, a presidenta do IPHAN, Jurema Machado e autoridades brasileiras estiveram presentes na solenidade. Marta comemorou o resultado: “É extremamente importante a escolha do frevo. Ele é uma força viva. Para nós, o frevo junta dança, música, artesanato. É um enorme orgulho, ter todas estas capacidades reconhecidas.”.

A ministra ressaltou, também, que “ter essa possibilidade de reconhecimento em nível internacional, ajuda manter e preservar nossa riqueza.”. Anunciada a aprovação, a ministra discursou em agradecimento e valorização da importância do reconhecimento que o Frevo obteve. Marta também mencionou o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, que estava presente e foi bastante aplaudido. Jurema Machado explicou que o Frevo foi inscrito pelo Iphan no Livro de Registro das Formas de Expressão em fevereiro de 2007. Esse é o primeiro passo para todo o trâmite que se encerrou com a aprovação do Frevo como Patrimônio Imaterial da Humanidade no dia de hoje: “Toda tramitação de candidatura é baseada na convenção existente, um conjunto de normas divididas em categorias. O país interessado prepara um dossiê dentro das regras, há uma análise técnica por órgãos que assessoram a Unesco, depois vai à plenária para votação”. “O reconhecimento da UNESCO sempre dá maior visibilidade e salvaguarda de proteção para os bens, tanto nacional quanto internacionalmente.” completou Jurema. Entre os países membros do Comitê presentes em Paris, além do Brasil, estiveram Albânia, Azerbaijão, Bélgica, Burkina Faso, China, República Checa, Egito, Espanha, Grécia, Granada, Indonésia, Japão, Quirguistão, Letônia, Madagascar, Marrocos, Namíbia, Nicarágua, Nigéria, Peru, Tunísia, Uganda e Uruguai. Frevo – Expressão Artística do Carnaval do Recife Ministra junto do grupo de Frevo que contagiou Paris É uma forma de expressão musical, coreográfica e poética, enraizada no Recife e em Olinda, no Estado de Pernambuco.

Trata-se de um gênero musical urbano que surgiu no final do século XIX, no carnaval, em um momento de transição e efervescência social como uma forma de expressão popular nessas cidades. O Frevo é formado pela grande mescla de gêneros musicais, danças, capoeira e artesanato. É uma das mais ricas expressões da inventividade e capacidade de realização popular na cultura brasileira. Possui a capacidade de promover a criatividade humana e também o respeito à diversidade cultural. As bandas militares e suas rivalidades, os escravos recém-libertos, os capoeiras, a nova classe operária e os novos espaços urbanos foram elementos definidores da configuração do frevo.

Do repertório eclético das bandas de música, composto por variados estilos musicais, resultaram suas três modalidades, ainda vigentes: frevo de rua, frevo de bloco e frevo-canção. Desde suas origens, o frevo expressa protesto político e crítica social em forma de música, dança e poesia, constituindo-se em símbolo de resistência da cultura pernambucana e expressão significativa da diversidade cultural brasileira. O Frevo se concentra nos bairros centrais do Recife (considerados o território embrionário do frevo), no Sítio Histórico de Olinda e bairros olindenses de Águas Compridas, Bairro Novo, Caixa D’água, Jardim Atlântico e Peixinhos. O frevo ocorre, também, em outras cidades brasileiras: Brasília – DF, Campina Grande – PB, João Pessoa – PB, Maceió – AL, Rio de Janeiro – RJ, São Paulo – SP e Salvador – BA. 

(Texto Adélia Soares e Montserrat Bevilaqua)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Consciência Negra no Museu Afro Brasil

Abertura das exposições no Dia da Consciência Negra 
 20 de novembro, às 13h 
 "Dois Irmãos. João e Arthur Timótheo da Costa" 
"Arte, Adorno, Design e Tecnologia no Tempo da Escravidão"
 "Pérolas Negras", de Miro


 "Pérolas Negras", de Miro 



Um dos mais importantes fotógrafos de editoriais de moda e publicidade no Brasil, Miro (nome artístico de Azemiro de Sousa) vai expor pela primeira vez em um museu. Convidado por Emanoel Araujo para realizar um trabalho inédito para o Museu Afro Brasil, Miro levou um ano para alcançar o resultado de "Pérolas Negras".

 Inicialmente, surgiu a ideia de fotografar modelos negros num fundo preto, com tecidos pretos. "A primeira (etapa) ficou um pouco fashion demais. Comecei a pensar em outras coisas e a mudar a textura dos tecidos. Ficou meio pop. Voltei atrás e comecei a pesquisar uma coisa mais africana. Eu não queria que ficasse como fantasia, queria algo que desse mais para a origem do que só a foto de um negro. Comecei a produzir tudo em preto e só um pouquinho em color. Conheci angolanos que moram em São Paulo e decidi fotografá-los", relata Miro. 

Numa terceira etapa, ele clicou personalidades negras como Zezé Motta, Haroldo Costa, Zózimo Bulbul, Milton Gonçalves, Luiz Melodia e Adriana Alves. "Aí, a gente fechou", conta. "Faço publicidade e editoriais. Para falar a verdade, foi a primeira vez que alguém me convidou para fazer um trabalho em museu. Foi isso que me atordoou", confessa o artista, que já trabalhou com revistas como "Cláudia", "Marie Claire" e "Vogue". 


Na Fotografia, Zezé Motta



Nafo Fotografia, Luiz Melodia




 Os Dois Irmãos. João e Arthur Timótheo da Costa 

Nascidos no Rio de Janeiro, no final do século XIX, em uma família numerosa e pobre, os irmãos Arthur Timótheo da Costa (1882-1922) e João Timótheo da Costa (1879-1932) participaram de diversas exposições nacionais e internacionais, marcando a pintura brasileira com obras que revelam competência e beleza. 

Com essa grande exposição, o Museu Afro Brasil comemora seus 8 anos de fundação e pretende destacar a importância histórica e cultural dos dois pintores negros."Em ambos se percebe o nascimento de uma pintura vigorosa, densa, texturada, nervosamente grafada com liberdade e exuberância colorista. Se a morte não tivesse ceifado tão prematuramente suas vidas, eles, por certo, seriam os primeiros artistas modernos do Brasil", defende o curador Emanoel Araujo.

Arthur e João iniciaram seus estudos na Casa da Moeda, como aprendizes de desenho de moedas e selos. Em 1894, ingressaram na Escola Nacional de Belas Artes. Para o crítico José Roberto Teixeira Leite, João Timótheo se destacou especialmente nos nus masculinos, mas também nos retratos de modo geral, com um desenho sensível e colorido. Por sua vez, atribui-se a Arthur Timótheo uma tendência pré-modernista nas obras da maturidade, as quais, para Teixeira Leite, se aproximam do "Expressionismo ao fazer um colorido dramático, de um desenho quase taquigráfico e de uma caligrafia pictórica nervosa e encrespada". 

Irmanados na carreira artística, ambos ultrapassaram os duros desafios de negros e mulatos no início do século XX, mas compartilharam igualmente um triste final: ambos faleceram no Hospital de Alienados, no Rio de Janeiro. 

 Arte, Adorno, Design e Tecnologia no Tempo da Escravidão

 A exposição contará com mais de 70 objetos de ofícios urbanos e rurais - muitos deles usados em fazendas e engenhos de açúcar -, compondo um conjunto que realça as contribuições dos negros para a ciência e a tecnologia no Brasil. No espaço central do museu, o visitante vai conferir moendas de açúcar, prensas de folha de tabaco, mesas de lapidação, moendas de milho, forjas de ferreiro, plainas de marceneiros, entre outros objetos que remetem aos séculos XVIII e XIX. "Por muito tempo, interessou aos que escreviam a História do Brasil reforçar um passado sofrido e 'coisificado' com o intuito de cristalizar imagens de uma suposta subalternidade. Portanto, essa exposição reescreve a História da Tecnologia do Brasil, pois resgata a Nação sendo construída pelas mãos dos africanos, trazendo assim uma imagem positiva do negro, fundamental para assumirmos com orgulho a presença em nossa identidade", afirma o diretor-curador Emanoel Araujo.

 "Desde o século XVIII, os escravos que predominaram na região de Minas Gerais, no auge da produção de ouro, eram originários da Costa da Mina, lugares da África onde os conhecimentos da mineração e metalurgia do ouro eram altamente desenvolvidos", acrescenta Araujo. Eles levavam para essas áreas um amplo conhecimento das técnicas metalúrgicas e mineradoras, da ourivesaria crioula, da marcenaria, da plantação e da colheita de café e açúcar, da construção de máquinas de engenhos. "Estes homens transmitiram suas habilidades e conhecimentos para seus descendentes, principalmente pela competência do fazer e da oralidade", o curador destaca.

 Imperdível!!! 

 Serviço:

Museu Afro Brasil
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
Parque Ibirapuera - Portão 10
São Paulo / SP - Brasil - 04094 050
Fone: 55 11 3320 8900


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ziraldo será homenageado no Salão Internacional de Humor em Minas Gerais

Caratinga sediará pela décima segunda vez o Salão Internacional de Humor.





Imagens - reprodução

Cartunistas do Brasil e do exterior participam do evento que acontecerá este ano no período de 27 de outubro até 30 de novembro de 2012, na Casa Ziraldo de Cultura.

Em edição especial à comemoração dos 80 anos do cartunista e escritor caratinguense Ziraldo Alves Pinto ( * 24/10/1932), o Salão de Humor deste ano terá como tema “Ziraldo - Ao Mestre Com Carinho".

O Salão de Humor de Caratinga é o principal e com maior longevidade do estado de Minas Gerais se posicionando entre os melhores e mais conceituados do país.

Uma das mais importantes manifestações culturais da região do leste mineiro, com entrada franca e que atraí público de toda faixa etária e níveis sociais.

Nosso homenageado - Ziraldo é o nosso humorista, cartunista e personalidade maior. Fez parte do Pasquim que é o marco do humor brasileiro. Criou personagens como o Mineirinho Comiquieto, Jeremias, The Supermãe, Turma do Pererê e Menino Maluquinho que mostraram o valor do humor e dos quadrinhos em nossa cultura.

Vamos caprichar e fazer dessa a melhor homenagem ao também escritor, ícone da nossa literatura, o mineiro Ziraldo Alves Pinto. O evento vai reunir caricaturas, charges e cartuns de consagrados artistas mesclando talentos de várias gerações, para esta justa homenagem que terá formato itinerante se apresentando em diversas cidades e estados brasileiros, a partir de Caratinga/MG, sua terra natal, que está preparando uma grande festa para o filho ilustre.

Na abertura, do dia 27 de outubro, confirmada a presença de Ziraldo, seu irmão Zélio e demais familiares, a Turma do Pererê, Agnaldo Timóteo entre outros amigos famosos, e os lançamentos de cinco livros:

- Ziraldo – Maluquices do Maluquinho / Marilene Godinho

- Não só na lembrança / Maria do Carmo Arreguy Corrêa

- Em família e outras histórias / Cátia Pereira Simões Sena

- O rio da flor da mata / Antônio Soares Castor

- Pode ser a gota d’água / cartunista Edra

- Exibição e lançamento do DVD: "Ziraldo, profissão cartunista" de Marisa Furtado de Oliveira
- Na programação ainda consta a exposição paralela no Casarão das Artes: Edra, 10 anos de charges para o Diário de Caratinga.

Logo depois da abertura do salão, haverá um baile e ainda acontecerá também na cidade, no dia 28, um desfile cívico com apresentação de várias escolas da rede municipal, estadual e particular representando a vida e obra de Ziraldo, além de bandas de música, Tiro de Guerra, Grupos de danças, Motociclistas, fogos pirotécnicos, seguido depois de um encontro musical, com barracas de bebidas e salgados.

Fonte: Salão Internacional de Humor

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

MAM-BA abre exposição “Jorge Amado e Universal”

Jorge Amado e traz conteúdo diverso e inédito, além de ampla programação educativa para diferentes públicos

Imagem: reprodução

 

Como parte das comemorações do centenário de Jorge Amado, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) homenageia o escritor baiano com a exposição Jorge Amado e Universal. A mostra ocupa o térreo do Casarão, a Capela e a Galeria 1 do MAM-BA com fotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes e imagens, cuja maioria é inédita para o público. A visitação de Jorge Amado e Universal é gratuita, começa no dia 9 de agosto para o público e segue até 14 de outubro, de terça a sexta, das 13h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h. Já o Ano Jorge Amado envolve uma ampla e diversificada programação cultural, desenvolvida pela Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (SecultBA) ao lado de diversas instituições e personalidades ligadas ao universo e obra do autor, até dezembro (2012).

“Essa exposição é um desafio prazeroso de cumprir, tendo em vista a importância e alcance do homenageado e de sua obra. Buscamos elementos para que o público mergulhe em um vasto repertório de conteúdos sobre o homem, o escritor e a obra”, relata William Nacked, diretor-geral de Jorge Amado e Universal. “O público no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, já ultrapassou 130 mil pessoas. Tenho certeza que em sua terra Jorge Amado vai fazer ainda mais sucesso.”

Para a diretora do MAM-BA, Stella Carrozzo, “esta mostra apresentada ao povo baiano – personagem principal da obra de Jorge Amado – no conjunto arquitetônico Solar do Unhão do século 17, sede do MAM-BA, potencializa ao público visitante a experiência e entendimento do caráter histórico, social e antropológico de sua obra”.
A exposição é dividida em módulos distintos, cada um deles dedicado a um aspecto marcante na vida do autor. “Não tivemos a pretensão de esgotar nem a biografia, nem a criação ficcional de Jorge Amado. A ideia é fornecer pistas, sugerir caminhos, para que o visitante fique instigado, tenha vontade de ler e de descobrir mais depois da exposição”, informa Nacked.
A mostra se completa com extensa programação educativa desenvolvida pelo Núcleo de Arte e Educação do MAM-BA, oferecida a diferentes públicos durante os três meses de exposição.
A realização de Jorge Amado e Universal é da Grapiúna e da Fundação Casa de Jorge Amado, em parceria com a SecultBA, através da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/IPAC) e do Museu de Arte Moderna da Bahia. O patrocínio é do Banco Santander e o apoio cultural da Braskem.
Desenvolvimento e organização são da N&A Mercado Cultural e AMCCB – Associação de Museus e Casas de Cultura do Brasil. A direção geral é de William Nacked; Ana Helena Curti responde pela direção de produção e Daniela Thomas e Felipe Tassara pela expografia.
Sobre a exposição
O primeiro módulo é dedicado aos personagens – dentre mais de mil nomes, nove foram escolhidos por representar a diversidade e abrangência da obra em diversos períodos: Gabriela e Nacib (Gabriela Cravo e Canela, 1958), Dona Flor (Dona Flor e seus Dois Maridos, 1966), Os capitães da areia (Capitães da Areia, 1937), Pedro Arcanjo (Tenda dos Milagres, 1969), Antonio Balduíno (Jubiabá, 1935), Guma e Lívia (Mar Morto,1936), O Menino Grapiúna (O Menino Grapiúna, 1981), Santa Bárbara (O Sumiço da Santa, 1988) e Quincas (A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água, 1961).
Eles têm destaque em materiais audiovisuais que ajudam a contextualizar os personagens e os livros. São datiloscritos com correções feitas à mão por Jorge Amado, ilustrações das obras, fotos que remetem ao universo dos romances e algumas curiosidades, como produtos e restaurantes que levam nomes dos personagens. Cada monitor terá também um trecho locutado da obra em questão.
No mesmo módulo, uma instalação passa a ideia da verdadeira multidão de personagens principais e figurantes criados: milhares de fitas similares à tradicional do Senhor do Bonfim afixadas trazem nomes de outros cem personagens – sejam fictícios, como Tieta (de Tieta do Agreste), Florzinha (de Tocaia Grande) e Ana Mercedes (deTenda dos Milagres); ou reais que Jorge Amado inseria na ficção, como Getúlio Vargas, Hitler e Lampião.
O segundo espaço apresenta a faceta política do autor, que chegou a ser eleito Deputado Federal por São Paulo e era comunista. O terceiro discute as misturas que, segundo Jorge Amado, caracterizam o Brasil – sobretudo a miscigenação e o sincretismo religioso.
Outro módulo é dedicado à malandragem e à sensualidade presentes em sua obra. Em seguida, uma seção apresenta a Bahia tal como foi ‘(re)inventada’ por Jorge Amado, com suas belezas e suas mazelas.
Há ainda espaço para depoimentos de amigos, artistas e críticos, para uma cronologia sintética da vida do escritor e para destacar sua presença internacional, entre outros aspectos. Entre os depoimentos, falas de amigos ilustres e anônimos de Jorge Amado, pois essa era uma de suas marcas – a capacidade de transitar entre o universo erudito e o popular, entre o terreiro de candomblé e a Sorbonne.
Os áudios e vídeos mostram também a esposa Zélia Gattai e a filha Paloma Amado contando sobre o processo de criação de Jorge, explicando que os personagens mandavam nele – em Dona Flor, o autor pretendia que ela fosse embora com Vadinho, mas a protagonista decidiu ficar com os dois maridos aqui na Terra. Outro destaque é o próprio Jorge Amado contando que, no curto período em que foi Deputado Federal, em 1946, conseguiu aprovar lei que garante a liberdade de culto no Brasil.
Na área dedicada ao alcance internacional, o objetivo é dimensionar para o público a imensidão de Jorge Amado no mundo com a exibição de livros publicados em diversos países – de uma capa finlandesa de Tocaia Grande a uma edição de bolso francesa de Dona Flor.
O espaço expositivo foi concebido a partir da utilização de símbolos presentes não só na cultura baiana, mas, sobretudo, na vida e obra de Jorge Amado. A cenografia está estruturada em armações metálicas, numa referência indireta às grades de ferro que embelezam muitas casas e espaços públicos de Salvador – entre eles o Solar do Unhãoe a Praça Castro Alves.
Nessa estrutura serão inseridos símbolos e objetos em sua forma original, como garrafas de dendê, fitinhas do Bonfim com frases especiais impressas, cacau torrado, azulejos brancos e azuis à moda baiana, entre outros elementos que remetem a Jorge Amado e à Bahia. Fotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes, jornais históricos, charges, documentos, ilustrações, correspondências, depoimentos, objetos de uso pessoal entre outros elementos, estarão presentes.
Entre eles, foto captada por Zélia Gattai de Jorge Amado com sua mãe Eulália Leal Amado, a Dona Lalu; datiloscrito original de Tieta do Agreste com anotações do autor; ilustração do artista plástico Poty (Napoleon Potyguara Lazzarotto) para Capitães da Areia; camisas floridas características de Jorge Amado.
“Propomos um diálogo entre cultura material e cultura digital, havendo a convivência de peças originais com linguagens fílmicas e reproduções”, conta Ana Helena Curti.
Ficha Técnica da Exposição “Jorge Amado e Universal
Realização: Grapiúna e Fundação Casa de Jorge Amado
Organização: N&A Mercado Cultural e AMCCB – Associação de Museus e Casas de Cultura do Brasil
Apoio: Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (SecultBA), Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/IPAC) e  Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA)
Patrocínio: Banco Santander
Apoio Cultural: Braskem
Direção geral: William Nacked
Concepção e Produção Executiva: arte3
Direção de Produção: Ana Helena Curti
Conteúdo: Ana Helena Curti, Fernando Lion, Ilana Goldstein
Produção Executiva: Angela Magdalena, Fernando Lion
Equipe de Produção: Cássia Campos, Dea Marcia de Almeida Federico, Mariana Chaves,Paula Garcia, Renata Moura
Expografia: T+T Projetos – Daniela Thomas e Felipe Tassara
Projetos Multimídia: 02 filmes
Projetos Editoriais: Cia. Das Letras
Direitos Autorais: Copyrights Advogados
SERVIÇO
Exposição: Jorge Amado e Universal
Abertura para convidados: 9 de agosto
Visitação: 10 de agosto a 14 de outubro
Local: Casarão, Capela e Galeria 1 do MAM-BA
Horários: terça a sexta, das 13h às 19h, e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h
Entrada gratuita
Endereço: Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM-BA, Av. Contorno, s/n, Solar do Unhão, Salvador, Bahia
Informações: (71) 3117 6139

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sante Scaldaferri , uma cobiça internacional


Meu artigo publicado ontem no Caderno de opinião do A Tarde

Dadá Jaques/Divulgação

Quando o artista plástico Sante Scaldaferri diz “para mim arte é vida, porque não posso viver sem arte”, nos convida a dialogar com a sua obra e ilumina o olhar de quem se permite sentir emoção diante dela – uma experiência estética fantástica! Um dos maiores representantes do Movimento de Arte Moderna dos anos 40 na Bahia, representada como a segunda geração dos artistas baianos.  Sua pintura atende ao chamado de sua ânima, o religioso se particulariza, o POP se refunde no erudito e nessa conjuntura, o nordeste se torna universal. Parafraseando George Bernard Shaw, vencedor do prêmio Nobel de literatura: “Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte para ver a alma”.

Com ex-voto encontrado na Igreja São Francisco do Canindé, no Ceará, através elementos da sua “escrita”, com a colocação do rabicho de porco, Sante introduziu o antropomorfismo na sua obra. A junção do popular com o religioso, uma convenção contemporânea que ilustra a peregrinação do povo nordestino muito presente em seu traço. Esta fase, sem sombra de dúvidas é um dos pontos culminantes de sua carreira como pintor e responsável pela inscrição na história da arte na Bahia e no Brasil. Estudou na Escola de Belas Artes da UFBA, já trabalhou como ator, cenógrafo, gravador, tapeceiro e professor. 

Participou de salões e Bienais no Brasil. Despontou no cenário internacional com exposições na França, Itália, Suiça entre outras mostras coletivas realizadas na Venezuela, Inglaterra, China, Senegal, Argentina e Portugal. Suas pinturas, “Vaqueiro” e “Romeiros de Monte Santo” entraram na Christie's em Nova Iorque, principal casa de leilões ao redor do mundo, recordista na recuperação do mercado de arte internacional. No último leilão este ano, a casa vendeu todas as obras brasileiras e fez girar quase US$ 2,8 milhões. Entre as aquisições se destacaram dois Portinari, um Iberê Camargo, um Guinard e outros. A maioria dos mestres consagrados já participou do calendário dos leilões, Scaldaferri foi o primeiro baiano. Um orgulho do nordeste cobiçado no exterior.

Imagens: reprodução





quarta-feira, 23 de maio de 2012

XX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba



A XX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, a ser realizada na cidade de Salvador-Bahia, de 24 a 27 de maio de 2012 conta com a participação do poeta Amazonense Thiago de Mello.
Imagem: reprodução

O evento tem como temas centrais de seus debates: a integração Latino-Americana e Caribenha, a amizade e a solidariedade entre esses povos; a Luta permanente contra o bloqueio econômico a Cuba; a libertação dos cinco heróis cubanos, presos ilegalmente nos Estados Unidos; e o combate à campanha midiática internacional que divulga, de forma criminosa e deturpada, factóides políticos sobre supostos acontecimentos na ilha caribenha.
Nessa edição, o evento trará também, intervenções e apresentações artístico-culturais brasileiras e cubanas, com o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre a importância do intercâmbio cultural entre os dois países em luta permanente pela independência, soberania dos povos e pela paz mundial.
Outro aspecto importante que também norteará as discussões da XX Convenção, é o intercâmbio econômico e científico entre do Brasil e Cuba, já que a cooperação é favorável aos dois países. Havana e Brasília mantêm relações diplomáticas desde 1943 – interrompidas em 1964 e restabelecidas 22 anos depois – com laços que se fortaleceram a partir da chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao governo, uma tendência que permanece com a atual gestão da presidente Dilma Roussef. O Brasil é hoje o segundo maior parceiro comercial de Cuba na América Latina, depois apenas da Venezuela.
Fonte de informações encontradas no site oficial do evento. 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O olhar de Edward Weston

Vamos mergulhar no tempo e conhecer um dos artistas visuais mais importantes da história no mundo, Edward Weston. Um dos fotografos mais valorizados de todos os tempos, referência mundial para os pesquisadores e amantes da arte de fotografar.

Seu nome completo é, Edward Henry Weston, nasceu 24 de março de 1886, em Highland Park, cidade localizada no estado americano Illinois, no Condado Lake.

Viveu grande parte de sua infância em Chicago, onde entrou entrou para Oakland Grammar School, escola de a escola de quatro anos primeira alta em Garrett County, conselho mais ocidental do estado de Maryland, fundado por Allegany County,condado situado na parte noroeste do estado de Maryland, EUA.


Weston começou a fotografar aos 16 anos de idade, assim que ganhou de presente do seu pai uma câmera “olho Bull”. Suas primeiras imagens capturada foram no nos parques de Chicago e numa fazenda da família – seus primeiros contatos foram com a natureza. Depois que teve sua primeira fotografia publicada em 1906, na Câmara e Câmara Escura, se mudou para a Califórnia. Mas antes de se dedicar inteiramente a carreira, chegou a trabalhar como um agrimensor para San Pedro, Los Angeles e Salt Lake Estrada de Ferro. Nesta época paralelamente atuou como fotografo ambulante, hoje em dia conhecido como freelance. Vendia seu trabalho batendo de porta em porta, fotografou crianças, animais e funerais na época.

Ao perceber a iportância do treino formal, em 1908 resolveu voltar para o leste e freqüentou a Academia Illinois de Fotografia, em Effingham, Illinois, onde concluiu o curso em 12 meses e voltou para California. Em Los Angeles, encontrou emprego como retocador no estúdio Retrato George Steckel. Em 1909, trabalhou no Studio Portrait Louis A. Mojoiner como fotógrafo e demonstrou habilidades extraordinárias, com iluminação e posando.Se casou com sua primeira esposa, Flora Chandler em 1909. Teve quatro filhos com Flora; Edward Chandler (1910), Theodore Brett (1911), Laurence Neil (1916) e Cole (1919). Em 1911, Weston abriu seu estúdio próprio retrato em Tropico, na Califórnia.

Esta foi a sua base de operação para as próximas duas décadas. Weston se tornou bem sucedido trabalhando em foco suave, estilo pictórico e ganhou muitos salões e prêmios profissionais, além do reconhecimento internacional.

Artigos sobre o seu trabalho foram publicados em revistas como American Photography, Era Foto e Foto em miniatura. Weston também é autor de muitos artigos. Em 1912, Weston encontrou com Margrethe Mather em seu estúdio Tropico. Mather torna-se sua primeira assistente de estúdio e um modelo mais freqüente para a próxima década.

Mather teve uma influência muito forte em Weston. Ele chegou dizer: “primeira mulher importante na minha vida." Weston começou a manter diários em 1915 que veio a ser conhecido como seu "Daybooks." Eles narram sua vida e desenvolvimento fotográfica em 1930, obra que auto se referencia.



Em 1923, Weston se mudou para a Cidade do México, onde abriu um estúdio fotográfico. Muitos retratos e nus importantes foram tomadas durante o seu tempo no México, onde artistas famosos como Diego Rivera, David Siqueiros, Orozco e José saudaram Weston como o mestre da arte do século 20.

Depois de volta para a Califórnia em 1926, começou o seu trabalho para o qual ele é o mais merecidamente famoso: formas naturais, close-ups, nus e paisagens. Entre 1927 e 1930, realizou uma série de monumentais close-ups de conchas, pimentão, repolho e cortadas ao meio, trazendo as ricas texturas de suas esculturas como formas. Weston fixou moradia em Carmel, na Califórnia em 1929 e disparou a primeira de muitas fotografias de rochas e árvores de Point Lobos, na Califórnia. Foi um dos membros fundadores do Grupo f/64 em 1932 com Ansel Adams, Van Dyke Willard, Imogen Cunningham e Noskowiak Sonya.

Weston tornou-se o primeiro fotógrafo a receber uma bolsa da Fundação Guggenheim para o trabalho experimental em 1936. Após o recebimento desta comunhão passou os próximos dois anos fotografando  no oeste e sudoeste dos Estados Unidos com a assistente e futura esposa, Charis Wilson.

Entre 1946 e 1948 começou a sentir os sintomas da doença de Parkinson e disparou sua última fotografia de Point Lobos. Em 1946 o Museu de Arte Moderna de Nova York realizou uma grande mostra retrospectiva de 300 cópias do trabalho de Weston. Ao longo dos anos de doença gradualmente incapacitante, supervisionou a impressão de suas obras por seus filhos, Brett e Cole. Sua carteira de 50 anos foi publicado em 1952, com fotografias impressas por Brett. A Smithsonian Institution realizou o show, "The World of Edward Weston", em 1956, uma homenagem às suas realizações notáveis ​​na fotografia americana. Edward Weston morreu em primeiro de janeiro de 1958 em sua casa, Wildcat Hill, em Carmel, Califórnia. Suas cinzas de foram espalhadas no Oceano Pacífico na Praia de seixos a Point Lobos. Hoje o mundo herdou sua obra como referência.

Conheçam a obra de Weston.

Jan. 2, 1958
Carmel, Calif.














Abertura da exposição de Maurício Dias e Walter Riedweg no MAM-BA


Os artistas Maurício Dias e Walter Riedweg exibem ‘Estranhamente Possível’ a partir do dia 18 de maio, com obra inédita realizada durante residência artística em Salvador


O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) recebe a primeira exposição individual dos artistas Dias&Riedweg (Maurício Dias e Walter Riedweg) em Salvador, com abertura dia 18 de maio. A mostra, chamada Estranhamente Possível, fica em cartaz até 22 de julho e traz o inédito trabalho audiovisual ‘Água de Chuva no Mar’, fruto da residência artística do duo no MAM-BA, em janeiro deste ano, com moradores da comunidade Solar do Unhão – aglomerado centenário com cerca de 2,5 mil moradores e 160 casas na borda da Baía de Todos os Santos, vizinha ao museu baiano.

A obra resulta em um evento reflexivo e poético marcado pela troca de experiências, com questões ligadas à alteridade, identidade e colaboração. A narrativa de Dias&Riedweg surge dessas proposições e da aproximação da representação artística à experiência direta do encontro.

“Esta é a primeira vez que a Bahia recebe uma mostra individual de Dias&Riedweg. Esta mostra vai, além de propiciar ao público a oportunidade de conhecer parte de sua obra, aproximar os jovens artistas locais e professores da área de artes visuais à sua poética”, diz a diretora do MAM-BA, Stella Carrozzo.

Estranhamente Possível apresenta um conjunto de seis obras realizadas entre 2002 e 2012: as videoinstalações ‘Deus é Boca’ (2002), ‘Juksa’ (2006), ‘A Casa’ (2007) e ‘Paraíso Cansado’ (2008); a série de fotografias lenticulares ‘O Jardim’ (2008) e o trabalho inédito ‘Água de Chuva no Mar’.  A escolha desse conjunto artístico para a exposição também é inédito e investe em indagações sobre a previsibilidade e o acaso das coisas, a partir de novas possibilidades de entendimento das relações entre os indivíduos e seus territórios, não somente nos contextos sociopolíticos, mas em seus aspectos mais subjetivos.

A exposição se completa com extensa programação educativa, oferecida a diferentes públicos durante os dois meses da exposição.

Fonte: ASCOM - IPAC

Fotos: divulgação










PROGRAMAÇÃO

18 de maio, a partir das 19h
Abertura da Exposição ‘Estranhamente Possível’, com a presença dos artistas Dias&Riedweg. Em cartaz de 18 de maio a 22 de julho de 2012.
Local: Casarão e Capela do MAM-BA.

19 de maio
Lançamento, às 10h30min, do livro Dias&Riedweg: alteridade e experiência estética na arte contemporânea brasileira com a presença da autora Beatriz Pimenta Velloso.
Mesa Redonda, às 11h. O editor da revista Frieze, Jörg Heiser, a pesquisadora Beatriz Pimenta Velloso, Dias&Riedweg e Stella Carrozzo, diretora do MAM-BA, participam de mesa redonda sobre o cenário da arte contemporânea.
Local: Cinema do MAM-BA.

22 de maio, de 10h às 11h30min e de 13h30min às 15h
Roda de Conversa com Dias&Riedweg
Workshop para estudantes de artes e professores da área sobre as obras e o contexto artístico contemporâneo.
Local: Cinema do MAM-BA.

26 de junho, às 19h
Lançamento do catálogo da exposição com os artistas Dias&Riedweg
Mesa Redonda com Solange Farkas, presidente da Associação Cultural Vídeo Brasil; Eduardo de Jesus, pesquisador, curador e professor da PUC-MG; e os artistas Dias&Riedweg.
Local: Cinema do MAM-BA.



SERVIÇO

Exposição: ‘Estranhamente Possível’ de Mauricio Dias e Walter Riedweg
Abertura: 18 de maio, às 19h
Local: Casarão e Capela do MAM-BA
Visitação: 19 de maio a 22 de julho
Horários: terça a sexta, das 13h às 19h, e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h
Entrada gratuita
Endereço: Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM-BA, Av. Contorno, s/n, Solar do Unhão, Salvador, Bahia
Informações: (71) 3117 6139

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A arte de Leda Catunda

A artista paulistana Leda Catunda, graduada em artes plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), entre 1980 e 1984, ganhou visibilidade nos anos 80 e tornou-se marco sendo considerada uma das maiores revelações que surgiram na “Geração 80” quando teve seus primeiros contatos com a arte conceitual e criou suas primeiras litografias. Hoje reconhecida como pintora, escultora, artista gráfica e educadora, dedica a vida a sua arte descortinando os limites entre a pintura e o objeto. 


 A renomada crítica de arte Aracy Amaral, então diretora do do Museu de Arte Contemporânea da USP ajudou Catunga em seus primeiro passos na carreira através da exposição Pintura como meio, ocorrida em 1983 que além do trabalho de leda divulgou outros talentos na época, entre eles: Sérgio Romagnolo com quem foi casada, Ana Maria Tavares, Ciro Cozzolino e Sergio Niculitchef,. Aracy divulgou a obra da artista que até hoje mantém viva sua vida arte surpreendendo o público a cada dia com obras inovadoras. Dentre as mostras mais marcantes, destaca-se a exposição Como Vai Você, Geração 80?, que aconteceu na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, em 1984, época que ganhou fama nacional ao chamar atenção com uma mostra que reunia capas de vários jornais e revistas chamando atenção dos críticos por conta da provocação e debate que sua obra assumia.


 Foto: reprodução 





Imagens: reprodução