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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Tempos de criança!

Para que teve infância na década de 80...

Hoje senti uma enorme saudade da minha infância. Estava me lembrando que era louca para ter um boneco Fofão e um Cascatinha - minhas paixões! Infelizmente não realizei meu desejo naquela época - estava sendo noticiado que o fofão e outros brinquedos eram amaldiçoados. Isso me marcou! Mas depois que os anos se passaram fico recordando dos brinquedos, desenhos, das músicas, das brincadeiras e principalmente das manias. Vou revelar uma delas – amava tomar café com a xuxa.
O Fofão


O Cascatinha
Todos os dias era a mesma coisa, era só terminar os desenhos da Tv Globo que eu mudava de canal. Amava assistir Nique e Neque, as topeiras. Quem se lembra? Neque era uma figura, Nique morria de cansaço de tanto cavar os buracos no solo para fugir e ela ficava se olhando no espelho. Depois comecei a me interessar pela Barbie – ainda sou jovem!

Também gostava muito do seguintes desenhos: Os Smurfes, Caverna do Dragão, Hi-Man, Thundercats, Popai e outros. Detalhe: a única coisa que me incomodava no desenho do Popai era ser comparada com Olívia Palito – sempre fui a Olívia da escola. Guardo essa herança até hoje!

“Pogo, Pogo, Pogo-bol!... Pogo-bol!...” Ainda me lembro da música da propaganda, que mostrava a criançada pulando em todos os lugares com seus pogobóis laranja-amarelos e verde-roxos. E a música do pirulito pirocóptero, o pirulito que voava? Essa é outra que nunca se perdeu da minha memória...

A Turma do Balão Mágico também marcou muito minha infância. Até hoje gosto de ouvir as músicas daquela época que não volta mais. Você viveu essa fase na década de 80? Então aproveite recordar os tempos de criança.

Veja o que preparei para vocês!




























domingo, 20 de setembro de 2009

Hoje é dia de paz!

“Nós não podemos fazer grandes coisas. Apenas pequenas coisas com grande amor.”
(Madre Teresa)

No dia 30 de novembro de 1981 um ano antes do meu nascimento, a ONU- Organização das Nações Unidas declarou que 21 de setembro é dia de celebrar a paz. Desde então a data entrou na história e ficou conhecida como o Dia Internacional da Paz.
Infelizmente não posso afirmar que nasci num mundo de paz ném tampouco numa época de paz já que um ano antes tivemos esse marco na história da humanidade. Essa data simboliza o NÃO a VIOLÊNCIA de todos os gêneros em todo planeta. Nós precisamos erguer essa bandeira desde os pequenos atos...

“As coisas pequenas parecem insignificantes, mas são elas que constroem a paz. Como aquelas flores da campina, que individualmente parecem não ter cheiro, mas que, juntas, enchem o ar de perfume.” (George Bernanos, escritor francês)

A ONU declarou a data com o objetivo convidar o mundo para um cessar-fogo e dizer não a violência em todo o planeta a partir dessa data simbólica. No dia 21 de setembro se comemora o Dia da Árvore no Brasil. Então estamos nesse caminho de simbolismo e reflexão. Precisamos trazer a importância dessas datas para a realidade, os jovens precisam criar coragem para promover ações que possam transformar atitudes... Nós podemos!

“É um escandaloso vê que um país que tem o nome de uma bela árvore e foi tudo liquidado. Só na minha mata eu plantei mais de mil Pau Brasil. Colocaram fogo quatro vezes na minha floresta. Com quem posso pedir socorro? Pedir socorro...é isso”. (Frans Krajcberg,2008)


sábado, 19 de setembro de 2009

O Grito tá Caras!

Christiane, Krajcberg, o governador da Bahia e palestrante do evento, Jaques Wagner, Bia Doria e Victor confraternizam após o seminário.

Nossa Amiga Bia Doria apreciando o artesanato da região...


Tá na CARAS!


Fotos: Margareth Abussamra




Luto no Ilê Aiyê!

Foto: Eduardo Martins
Hoje o Ilê Aiyê amanheceu em lágrimas!

Por volta das 10h30, a ialorixá Hilda dos Santos, a famosa mãe Hilda Jitolu, líder espiritual do grupo cultural Ilê Aiyê, morreo aos 86 anos. Mãe Hilda estava internada desde o último dia 7, no Hospital Unimed, localizado em Lauro de Freitas.

De acordo com informações publicadas no jornal A Tarde, o sepultamento será amanhã (20), no Jardim da Saudade, em horário ainda a ser definido. Mãe Hilda comandava o terreiro Ilê Axé Jitolu, sediado na Rua do Curuzu, Liberdade, onde morava desde 1938.
Foto:Eduardo Martins

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O grito de um gigante

Foto: Mateus Pereira


Imaginar um gigante não é difícil, principalmente quando se trata de um ser planetário. Assim, basta afirmar que a origem do seu nome não é mera coincidência, o nome desse cidadão chamado Frans Krajcberg reflete: o homem precisa do seu espaço livre na montanha.

“Frans de Francisco, Krajc de espaço amplo e berg de montanha. Um homem em seu espaço na montanha. “ Explicou o artista.

Krajcberg tem o poder de hipnotizar as pessoas tanto por sua obra quanto pelos discursos fervorosos em defesa da natureza, denunciando os problemas ambientais causados pelo homem. Acima de tudo, Krajcberg é um ser da terra - gigante que protege a natureza -, alguém que transforma destroços de árvores queimados em esculturas e protesta por meio de obras de arte, um cidadão brasileiro, baiano que indignado com as injustiças sociais e as barbáries cometidas contra a natureza, revolta e grita com a força de sua arte, demonstrando o quanto o homem está destruindo o meio ambiente e a sua própria condição de vida no planeta. A cada dia é possível perceber que o ser humano está roubando de si mesmo o direito de viver numa montanha.

Eu fui naturalizado em 1954 e sou brasileiro. Não sou patriota para nada, mas é a primeira vez na minha vida que eu moro na minha casa, que durmo na minha cama e não foi fácil. Em todo lugar que sai alguma coisa de mim, a primeira coisa que dizem é: o polonês radicado no Brasil. Então eu me pergunto: como deve ser um homem igual a todos?” Desabafou o artista.

A história conta que ao chegar ao Brasil, depois de perder toda família nos campos de concentração nazista na Segunda Guerra Mundial, Krajcberg morou em São Paulo, onde começou a trabalhar como pedreiro e faxineiro até que teve a oportunidade de participar da montagem da I Bienal como ajudante em 1951. Em seguida, o artista mudou-se para o Paraná e se manteve afastado do circuito das artes entre 1956 e 1957, mantendo-se distante dos artistas mais atuantes naquela época. Nesse período, Krajcberg encanta-se com a natureza e passa a extrair dela uma fonte de inspiração e de reflexão, encontrando na destruição seus poderosos instrumentos de trabalho.

Meu único desejo depois da guerra era fugir do homem. Cheguei ao Brasil por acaso. Eu morava na casa do Marc Chagall e certo dia um amigo dele que tinha uma agência de viagens, me perguntou se eu queria conhecer o Brasil. Eu estava querendo fugir da Europa e aceitei”. Explicou.

Em 1952 o Museu de Arte Moderna de São Paulo teve a oportunidade de realizar a primeira exposição com as pinturas do ativista, um marco histórico na vida do artista e na sua relação com o museu. Debruçado em suas telas, percebeu que estava sendo intoxicado lentamente pela terebentina - liquido utilizado para misturar tintas. Ao pesquisar novas maneiras de fazer arte atrelada à preocupação com o meio ambiente surge o grande momento – o casamento de um gigante com natureza. Assim, o gigante resolveu abraçar com toda a força da natureza a sua maior missão, protegê-la, custe o que custar.

Conhecer uma exposição do artista é como mergulhar na realidade, é compreender o verdadeiro sentido da vida e da necessidade de um cuidado especial com a natureza. Acorda-se do mundo do faz de conta em que tudo vai bem, cai-se na real, começa a transformação: uma experiência estética capaz de saltar olhos e coração. Mas não é apenas isso, pois o contato com a obra do autor remete à reflexão e a indagações que podem transformar pensamentos e mudar atitudes.

Gramsci diz que estamos vivendo numa época onde uma velha ordem está passando, mas ainda não conseguiu passar de vez. Tem uma nova ordem chegando, mas ela também não conseguiu nascer de vez. Parafraseando o Professor Doutor Saja, nós estamos nessa encruzilhada, numa época de mudança e numa mudança de época. Isso faz com que seja um momento decisivo na história da humanidade.

Aos 88 anos, esse bom “velhinho” continua se dividindo entre o Brasil e mundo travando uma luta gigantesca em prol da vida. Frans Krajcberg é um gênio vivo na história da humanidade que ao reinventar a natureza faz nascer um novo homem.

Artigo publicado na coluna de opinião do jornal A Tarde no dia 01 de setembro de 2009.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Manifesto ecológico!


MANIFESTO – GRITO: BRASIL, SALVA A AMAZÔNIA


Foto: Mateus Pereira


O Seminário GRITO: BRASIL SALVA A AMAZÔNIA que hoje encerramos na cidade de Nova Viçosa, no extremo Sul da Bahia, foi idealizado pelo artista plástico e ativista ambiental Frans Kracjberg e precisa ser compreendido pelos participantes e toda sociedade como um verdadeiro manifesto popular em favor do fortalecimento do debate e da luta em prol não só da redução do desmatamento da Amazônia mas também da recuperação de toda área devastada.

É urgente que o governo, a iniciativa privada, a academia e a sociedade não pensem os problemas ambientais e sociais somente em momentos esporádicos, em arroubos, na empolgação.

A luta pela AMAZÔNIA PROTEGIDA E RECUPERADA, precisa ser tratada e discutida constantemente, diuturnamente, por TODOS OS SERES DESSE PLANETA.
O grito que hoje está sendo ecoado aqui, deixa uma mensagem:
A luta pela defesa da Amazônia precisa ser abraçada por todos nós. É uma guerra, uma batalha que exige de todos a busca por objetivos e ideais: PROTEÇÃO, CONSERVAÇÃO e RECUPERAÇÃO JÁ.

Essa causa não pode continuar sendo apenas de uma minoria. É URGENTE repensar as ações da humanidade em relação ao uso dos bens naturais. Apenas ter consciência não basta! CADA UM DE NÓS DEVE ASSUMIR uma nova postura frente as coisas mais simples do dia-a-dia, um posicionamento em favor da relação harmoniosa e sustentável, entre natureza e homem, com novo olhar mais sensível e cuidadoso sobre as reais condições da floresta amazônica, das nossas praias, nossos manguezais, nossos rios, e o que resta de nossa mata atlântica. O seminário aqui realizado, é um convite para que possamos pensar global e agir local cada vez mais.

Defender a Amazônia requer mobilização de toda a sociedade. Não apenas uma questão de consciência ambiental e cidadania. Ela precisa ser geradora de políticas públicas verdadeiramente voltadas à preservação desse espaço.

As idéias aqui defendidas, exigem de cada um, posicionamento ético - político e sócio ambiental, capazes de superar o discurso vazio, enveredando por um caminho possível no qual cada sujeito precisa comprometer-se em percorrer - o caminho da conservação do planeta. Como disse Prof. Eduardo Mattedi, “é preciso ativar a parcela de poder que cada cidadão tem em relação aos cuidados com o meio ambiente”.

Contudo, torna-se indispensável que o encerramento desse evento seja caracterizado como um momento especial e oportuno, para que, inspirados pelos ensinamentos do grande artista plástico e ativista ambiental Frans Krajcberg, “cujo olhar preocupado, sua sensibilidade de artista e seu posicionamento ambiental tem clamado pela floresta viva”, conscientizem-se e comprometam-se com as questões ambientais, contribuindo dessa forma para a salvação do nosso planeta e de toda humanidade.

Nova Viçosa, Bahia, 04 de Setembro 2009.
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