Entrevista Ping-pong
Maria Erzsebet Katona é o nome da artista plástica Bet Katona. Oriunda do sul da Hungria, ela nasceu na cidade de Pécs e veio para o Brasil aos 8 aninhos de idade. Durante a adolescência, começou a se interessar pela pintura, um sonho que mais tarde foi interrompido para cursar medicina. Na década de 90, Bet abraçou a sua arte e mergulhou de corpo e alma no universo artístico com seu talento. Fiquei tão encantada com a linguagem de Bet que realizei um bate-papo para apresentar um pouco da história dela para meus caros amigos “blogueiros” e internautas pesquisadores. Para quem mora no Rio vale a pena conferir a exposição de pinturas da artista que acontece até o dia 18 de julho na Galeria Anna Maria Niemeyer.
Renata Rocha – Fale um pouco sobre a origem do seu sobrenome?
Bet Katona - É um sobrenome húngaro que significa soldado, é comum como Magalhães por exemplo na Hungria.
R.R - Quem é Bet Katona?
B.K - É uma artista plástica especializada em pintura atual, que vem estudando e trabalhando com afinco desde os anos 90.
R.R - Como foi seu contato com as artes plásticas na infância?
B.K - Foi muito simples, contato com livros, revistas e museus. O interesse de eu fazer pintura veio mais tarde na adolescência quando tive aulas de pintura e desenho. Depois parei por um tempo e retornei atividade com aulas na EAV do Parque Lage na década de 90.
R.R - Como você chegou ao Brasil?
B.K - É uma história comprida. Meus pais vieram para o Brasil refugiados após o sufocamento da revolução de 1956 na Hungria. Por eu ser bem pequena na época fiquei lá ainda com meus avós. Quando meus pais já estavam estabelecidos finceiramente, aqui, eu e meus avós viemos pra cá em 1962.
R.R - Conta como foi à experiência de participar da excursão a museus e galerias em Nova porque.
B.K - É uma experiência primordial para a formação de um artista. Ver as obras de arte ao vivo e a cores sem interfaces e com acompanhamento de professores é um investimento e um prazer. Procuro fazer sempre que posso as excursões que o professor Charles Watson promove tanto aqui quanto fora do Brasil.
R.R - Qual a sua referência artística no cenário nacional?
B.K -Vou me deter a pintura. José Maria Dias da Cruz, Wanda Pimentel, Suzana Queiroga, Eduardo Berliner, Lúcia Laguna, Cristina Canale, entre outros.
R.R - E no contexto internacional?
B.K - Edward Hopper, Henri Matisse, Brian Alfred, Julian Opie, Peter Doig, Mona Maazourk, entre outros.
R.R - Existe uma relação da sua obra com a fotografia e com o cinema?
B.K - A relação é na captação de uma imagem, é um ângulo, é um enquadramento que fica na minha memória e essas imagens eu elaboro num projeto de pequenos desenhos que depois passo para o espaço da tela. Isso em resumo.