“Se não conseguir, vou à Unesco. Existe um artista no mundo que oferece 110 obras a uma cidade? Me pergunto como ainda não jogaram tudo no lixo. Como suportar tanta humilhação?
Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Após a recente visita que fez no último domingo ao espaço onde são mantidas 110 obras em exposição no espaço dedicado a ele, Frans Krajcberg ficou profundamente decepcionado com seu espaço em Curitiba e promete tomar medidas cabíveis para reaver as 110 obras que doou ao município. O artista/ativista está desacreditado, porém determinado em pegar todas as suas obras de volta. Uma verdadeira vergonha para a Fundação Cultural de Curitiba, pois trata-se do patrimônio cultural que envolve um dos artistas brasileiros de renome internacional.
Numa entrevista concedida à Gazeta do Povo na segunda-feira (17/05) o artista afirmou “Não estou interessando em museu de esculturas. Cedi as obras porque me disseram que aquele espaço abrigaria encontros sobre a saúde do planeta e que Curitiba seria a capital ecológica mundial. Mas vejo que este não é mais o foco de gestão atual. Então, já não faz sentido para mim manter meu trabalho aqui”, revelou o artista.
Isso é vergonhoso!
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quinta-feira, 20 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
Indignação é pouco!
A sujeira no teto de acrílico e os fios de nylon que sustentam as esculturas denunciam: hoje as 110 obras que o artista/ativista Frans Krajcberg doou para a da Prefeitura Municipal de Curitiba estão entregues ao descaso.
Em 2003 Curitiba que neste contexto foi considerada uma cidade ecológica, foi agraciada com um gesto nobre de Krajcberg. Agora, o artista aos 89 anos, ao invés de ser generosamente homenageado, anda se aborrecendo por conta dessa falta de consideração.
"Não posso ser tão humilhado, quero de volta meus trabalhos", disse. "Espero que me permitam levá-las de volta." Desabafa.
Além de exigir a devolução das obras, Frans ainda afirma que vai processar a prefeitura por esse descuido deplorável. A população não tem culpa e vai acabar pagando mais uma vez por conta da falta de administração pública.
Ao retornar de Paris, recentemente, vindo de um cenário onde seu patrimônio é tratado com merecido respeito e carinho, Krajcberg recebe a triste notícia de que o retrato do espaço dedicado a ele na capital curitibana é vizinho de uma futura destruição. "Quero de volta meus trabalhos e vou processar a prefeitura de Curitiba. Não tinham o direito de fazer isso." Krajcberg ainda diz que a ideia do espaço nasceu num momento em que Curitiba era considerada cidade ecológica. "Hoje não é mais", critica.
Pegue tudo de volta mesmo amigo. Curitiba não merece este gesto nobre!
Estarei sempre do seu lado...
Fotos: Reprodução
Em 2003 Curitiba que neste contexto foi considerada uma cidade ecológica, foi agraciada com um gesto nobre de Krajcberg. Agora, o artista aos 89 anos, ao invés de ser generosamente homenageado, anda se aborrecendo por conta dessa falta de consideração.
"Não posso ser tão humilhado, quero de volta meus trabalhos", disse. "Espero que me permitam levá-las de volta." Desabafa.
Além de exigir a devolução das obras, Frans ainda afirma que vai processar a prefeitura por esse descuido deplorável. A população não tem culpa e vai acabar pagando mais uma vez por conta da falta de administração pública.
Ao retornar de Paris, recentemente, vindo de um cenário onde seu patrimônio é tratado com merecido respeito e carinho, Krajcberg recebe a triste notícia de que o retrato do espaço dedicado a ele na capital curitibana é vizinho de uma futura destruição. "Quero de volta meus trabalhos e vou processar a prefeitura de Curitiba. Não tinham o direito de fazer isso." Krajcberg ainda diz que a ideia do espaço nasceu num momento em que Curitiba era considerada cidade ecológica. "Hoje não é mais", critica.
Pegue tudo de volta mesmo amigo. Curitiba não merece este gesto nobre!
Estarei sempre do seu lado...
Fotos: Reprodução
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Na pisada das cores
O artista Galeno inaugura – depois de seis anos sem expor no Rio de Janeiro – a mostra "Na pisada das cores", na Galeria Anna Maria Niemeyer
O piauiense Galeno (Francisco Galeno) abre a exposição "Na pisada das cores", no dia 6 de maio, às 20h, na Galeria Anna Maria Niemeyer (Shopping da Gávea). Pinturas, esculturas e objetos fazem parte da mostra. Lançado no Rio de Janeiro por esta Galeria, em 1986, Galeno está de volta à cidade depois de seis anos sem expor no Rio – sua última individual foi em 2004.
Este artista nascido no Delta do Parnaíba, no ano de 1957 demonstra, em suas obras, lembranças alegres de sua infância. Brinquedos, cores e peças que remetem à cultura popular são elementos presentes nos trabalhos de Galeno. As pinturas, os objetos e as esculturas que possuem a simplicidade de um menino se misturam à modernidade do espaço e da geometria de Brasília. Francisco Galeno também encontra na arquitetura da Capital Federal a inspiração para seus trabalhos, pois foi para lá, mais especificamente para Brazlândia (cidade satélite do Distrito Federal), que ele se mudou em 1975 e reside até hoje.
Algumas peculiaridades são facilmente identificadas nas obras do artista, como por exemplo o fato de não usar telas para suas pinturas. Ele prefere a madeira. O resultado são pinceladas não uniformes, mas que traduzem um cenário celeste repleto de cores cheias de luz. Suas obras conseguem unir a sofisticação e a simplicidade, o popular e o erudito.
Filho de mãe rendeira e de pai marceneiro, a história da vida do artista despertou o interesse do cineasta Marcelo Diaz. Ele, então, decidiu fazer um documentário (que começou a ser produzido em 2008) sobre Galeno menino que construía carrinhos de latinha e assistia à mãe bordar a renda de bilro. Para encontrar as paisagens, luzes e objetos tão citados pelo artista como influências definitivas, o cineasta quis visitar o Delta do Parnaíba. O filme também possui cenas realizadas em Brasília (como no ateliê do artista) e foi exibido, este ano, na TV Brasil e na TV Cultura.
Galeno, que apresentou diversas exposições individuais e coletivas, também coleciona prêmios em seu currículo, como Prêmio de Aquisição, II Salão das Cidades Satélites, Brásília-DF (1979), Prêmio Melhor Conjunto de Obras, V Salão das Cidades Satélites, Brasília-DF (1982), Prêmio de Viagem ao Exterior, Maratona de Pintura, Brasília-DF (1990), Prêmio Cultura do DF, Artes Plásticas, Fundação Solidariedade, Brasília-DF (1994), Prêmio Especial, Salão Victor Meirelles, Florianópolis-SC (1995), entre outros.
No ano passado, Galeno foi contratado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para criar novos painéis para a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima, em Brasília. São várias as Brasílias que a obra deste artista apresenta. Ele é, no princípio, o construtor e os seus alicerces são demonstrados por uma evidente idéia de projeto.
No texto para o catálogo da mostra, Marcus de Lontra Costa escreve sobre o artista:
"Galeno transcende a verdade modernista; ele é, a uma vez, a sofisticação e a simplicidade, a interseção entre o popular e o erudito, vozes da perfiferia, do entorno, dos brasilienses das cidades satélites, da beleza oriunda das mãos e dos sentimentos de homens trabalhadores que edificam cotidianamente a dignidade do povo do nosso país. Galeno é a voz - e o espelho - da Brasília real, humana, que resgata e alimenta o desejo de seus fundadores de construir uma cidade que seja o reflexo de uma sociedade mais justa e mais fraterna.
O artista é o construtor de pontes. Ao revelar nossa infância, ele projeta o futuro; o seu lugar é apenas um ponto no qual as suas referências permitem a construção de novas geografias. Galeno, em silêncio, constrói a sua história, garimpeiro das formas e espaços repletos de luz e de encantamento".
O piauiense Galeno (Francisco Galeno) abre a exposição "Na pisada das cores", no dia 6 de maio, às 20h, na Galeria Anna Maria Niemeyer (Shopping da Gávea). Pinturas, esculturas e objetos fazem parte da mostra. Lançado no Rio de Janeiro por esta Galeria, em 1986, Galeno está de volta à cidade depois de seis anos sem expor no Rio – sua última individual foi em 2004.
Este artista nascido no Delta do Parnaíba, no ano de 1957 demonstra, em suas obras, lembranças alegres de sua infância. Brinquedos, cores e peças que remetem à cultura popular são elementos presentes nos trabalhos de Galeno. As pinturas, os objetos e as esculturas que possuem a simplicidade de um menino se misturam à modernidade do espaço e da geometria de Brasília. Francisco Galeno também encontra na arquitetura da Capital Federal a inspiração para seus trabalhos, pois foi para lá, mais especificamente para Brazlândia (cidade satélite do Distrito Federal), que ele se mudou em 1975 e reside até hoje.
Algumas peculiaridades são facilmente identificadas nas obras do artista, como por exemplo o fato de não usar telas para suas pinturas. Ele prefere a madeira. O resultado são pinceladas não uniformes, mas que traduzem um cenário celeste repleto de cores cheias de luz. Suas obras conseguem unir a sofisticação e a simplicidade, o popular e o erudito.
Filho de mãe rendeira e de pai marceneiro, a história da vida do artista despertou o interesse do cineasta Marcelo Diaz. Ele, então, decidiu fazer um documentário (que começou a ser produzido em 2008) sobre Galeno menino que construía carrinhos de latinha e assistia à mãe bordar a renda de bilro. Para encontrar as paisagens, luzes e objetos tão citados pelo artista como influências definitivas, o cineasta quis visitar o Delta do Parnaíba. O filme também possui cenas realizadas em Brasília (como no ateliê do artista) e foi exibido, este ano, na TV Brasil e na TV Cultura.
Galeno, que apresentou diversas exposições individuais e coletivas, também coleciona prêmios em seu currículo, como Prêmio de Aquisição, II Salão das Cidades Satélites, Brásília-DF (1979), Prêmio Melhor Conjunto de Obras, V Salão das Cidades Satélites, Brasília-DF (1982), Prêmio de Viagem ao Exterior, Maratona de Pintura, Brasília-DF (1990), Prêmio Cultura do DF, Artes Plásticas, Fundação Solidariedade, Brasília-DF (1994), Prêmio Especial, Salão Victor Meirelles, Florianópolis-SC (1995), entre outros.
No ano passado, Galeno foi contratado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para criar novos painéis para a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima, em Brasília. São várias as Brasílias que a obra deste artista apresenta. Ele é, no princípio, o construtor e os seus alicerces são demonstrados por uma evidente idéia de projeto.
No texto para o catálogo da mostra, Marcus de Lontra Costa escreve sobre o artista:
"Galeno transcende a verdade modernista; ele é, a uma vez, a sofisticação e a simplicidade, a interseção entre o popular e o erudito, vozes da perfiferia, do entorno, dos brasilienses das cidades satélites, da beleza oriunda das mãos e dos sentimentos de homens trabalhadores que edificam cotidianamente a dignidade do povo do nosso país. Galeno é a voz - e o espelho - da Brasília real, humana, que resgata e alimenta o desejo de seus fundadores de construir uma cidade que seja o reflexo de uma sociedade mais justa e mais fraterna.
O artista é o construtor de pontes. Ao revelar nossa infância, ele projeta o futuro; o seu lugar é apenas um ponto no qual as suas referências permitem a construção de novas geografias. Galeno, em silêncio, constrói a sua história, garimpeiro das formas e espaços repletos de luz e de encantamento".
sábado, 1 de maio de 2010
Mickey Rourke em “ O Homem de Ferro 2”
LOS ANGELES (AFP) - O ator americano Mickey Rourke, que vive um retorno triunfal ao cinema depois de quase 15 anos de esquecimento, intepreta um vilão impressionante em "Homem de Ferro 2", apelando a técnicas meticulosas da escola de atuação Actors Studio.
Foto: reprodução
Falou-se tão mal de Rourke por causa de sua vida pessoal, que chegou-se a esquecer que ele foi comparado a Marlon Brando de "O Selvagem da Motocicleta" (1983), antes de virar um símbolo sexual, nos anos 1980, no romance erótico "Nove e meia semanas de amor", ao lado de Kim Bassinger.
Já no início da carreira, Rourke contou com a ajuda de um professor da famosa escola de interpretação, que lhe ensinou as bases de seu ofício.
Mantendo-se fiel ao "método" desta escola, que recomenda a análise profunda das motivações e psicologia dos personagens, Mickey Rourke construiu sua versão do terrível Ivan Vanko, um engenheiro russo com sede de vingança em "Homem de Ferro 2".
"Não conheço muitos atores que iriam parar em uma prisão russa para preparar seu personagem", disse na semana passada o produtor Kevin Feige a um grupo de jornalistas em Beverly Hills.
"Mickey é muito profissional, emana uma circunspecção impressionante", acrescentou o roteirista do filme, Justin Theroux.
Com sua característica voz rouca, forte e ao mesmo tempo com ar sereno, Rourke contou como foi seu encontro com um prisioneiro russo.
"Fiz algumas ligações e me deixaram entrar na prisão. Dez dias depois, pude ver esse cara. Falamos muito, tinha muitas tatuagens e foi explicando todas, uma por uma", disse.
Como seu personagem é russo, foi impossível para o ator não se aventurar na língua.
"Tive um professor durante três meses, cinco vezes por semana, três horas por dia", contou Rourke, reconhecendo as limitações desta experiência. "Para aprender duas falas de diálogo, levei três semanas. E além disso, o professor ria do meu sotaque".
O ator assegurou que não teria aceito o papel se não pudesse dar a ele sua marca pessoal.
"Não queria interpretar o vilão russo superficial. Queria construí-lo em várias fases de forma que se pudesse compreender seu comportamento e a forma como reage. Não queria um estereótipo, queria humanizá-lo", explicou.
Rourke vivencia um verdadeiro renascimento já que até poucos anos atrás, "apenas conseguia pagar as contas. Meu problema não era nem a droga, nem o álcool, mas minha violência descontrolada".
Durante cinco anos, ele se dedicou ao boxe, atividade que deixou seu rosto desfigurado.
A luz no fim do túnel começou a surgir com a atuação em "Sin City", de Robert Rodriguez.
"Quando fiz o filme, disse 'Oh, meu Deus, estou em um filme de verdade'. Sabia que estavam dando uma nova chance e que desta vez não podia deixá-la escapar", lembrou.
"Se não tivesse esperado 14 anos para minha volta, talvez não teria sabido me submeter. Mas sabia que se me tornasse novamente violento, as repercussões seriam terríveis", reconheceu.
A consagração veio em 2008, com o papel de um boxeador em "O Lutador", que lhe valeu um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar.
"Durante todos estes anos (de infortúnio), aprendi que a causa dos meus problemas era eu e ninguém mais", confessou Mickey Rourke.
Foto: reprodução
Falou-se tão mal de Rourke por causa de sua vida pessoal, que chegou-se a esquecer que ele foi comparado a Marlon Brando de "O Selvagem da Motocicleta" (1983), antes de virar um símbolo sexual, nos anos 1980, no romance erótico "Nove e meia semanas de amor", ao lado de Kim Bassinger.
Já no início da carreira, Rourke contou com a ajuda de um professor da famosa escola de interpretação, que lhe ensinou as bases de seu ofício.
Mantendo-se fiel ao "método" desta escola, que recomenda a análise profunda das motivações e psicologia dos personagens, Mickey Rourke construiu sua versão do terrível Ivan Vanko, um engenheiro russo com sede de vingança em "Homem de Ferro 2".
"Não conheço muitos atores que iriam parar em uma prisão russa para preparar seu personagem", disse na semana passada o produtor Kevin Feige a um grupo de jornalistas em Beverly Hills.
"Mickey é muito profissional, emana uma circunspecção impressionante", acrescentou o roteirista do filme, Justin Theroux.
Com sua característica voz rouca, forte e ao mesmo tempo com ar sereno, Rourke contou como foi seu encontro com um prisioneiro russo.
"Fiz algumas ligações e me deixaram entrar na prisão. Dez dias depois, pude ver esse cara. Falamos muito, tinha muitas tatuagens e foi explicando todas, uma por uma", disse.
Como seu personagem é russo, foi impossível para o ator não se aventurar na língua.
"Tive um professor durante três meses, cinco vezes por semana, três horas por dia", contou Rourke, reconhecendo as limitações desta experiência. "Para aprender duas falas de diálogo, levei três semanas. E além disso, o professor ria do meu sotaque".
O ator assegurou que não teria aceito o papel se não pudesse dar a ele sua marca pessoal.
"Não queria interpretar o vilão russo superficial. Queria construí-lo em várias fases de forma que se pudesse compreender seu comportamento e a forma como reage. Não queria um estereótipo, queria humanizá-lo", explicou.
Rourke vivencia um verdadeiro renascimento já que até poucos anos atrás, "apenas conseguia pagar as contas. Meu problema não era nem a droga, nem o álcool, mas minha violência descontrolada".
Durante cinco anos, ele se dedicou ao boxe, atividade que deixou seu rosto desfigurado.
A luz no fim do túnel começou a surgir com a atuação em "Sin City", de Robert Rodriguez.
"Quando fiz o filme, disse 'Oh, meu Deus, estou em um filme de verdade'. Sabia que estavam dando uma nova chance e que desta vez não podia deixá-la escapar", lembrou.
"Se não tivesse esperado 14 anos para minha volta, talvez não teria sabido me submeter. Mas sabia que se me tornasse novamente violento, as repercussões seriam terríveis", reconheceu.
A consagração veio em 2008, com o papel de um boxeador em "O Lutador", que lhe valeu um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar.
"Durante todos estes anos (de infortúnio), aprendi que a causa dos meus problemas era eu e ninguém mais", confessou Mickey Rourke.
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